segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Reservas estratégicas de petróleo não estão em território nacional e isso cria insegurança As reservas estratégicas de petróleo são uma necessidade em qualquer país, revestindo-se de grande importância em situações de crise, como uma guerra, boicotes ou embargos por parte dos países exportadores, já que os "stocks" existentes garantem o abastecimento energético. Portugal detinha, no final do primeiro semestre de 2010, o equivalente a 88 dias de reservas de crude. Ou seja, se subitamente o nosso país deixasse de conseguir importar petróleo, durante 88 dias as nossas necessidades estariam asseguradas, de acordo com os dados mais recentes disponibilizados pela Agência Internacional de Energia (AIE). Estes 88 dias correspondem a cerca de três meses, que é a média estabelecida na Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e que é seguida pela Europa Ocidental. Até aqui, tudo normal. Mas há um problema... “O que se passa é que, fisicamente, as reservas não estão cá, não estão no nosso território. Nos Estados Unidos, por exemplo, essas reservas são manobradas pelo Presidente e estão lá fisicamente, perto do Golfo do México, em cavernas de sal a grandes profundidades. Os EUA têm 50 ou 60 depósitos desses, existe tudo fisicamente”, explicou ao Negócios o especialista em questões petrolíferas José Caleia Rodrigues. Por isso, adverte, não é a mesma coisa. “Acreditamos nos países amigos que as têm, mas não é a mesma coisa. Há alguma insegurança nisto, pois numa situação grave pode nem ser possível o transporte”. Carla Pedro - Negócios - 04 de fevereiro de 2011 às 00:01