quinta-feira, 19 de junho de 2008

Avançar com um imposto sobre as petrolíferas pode ser bom para os consumidores, mas poderá revelar-se um desastre a médio prazo. É a opinião do especialista na análise do mercado global de petróleo, José Caleia Rodrigues.

Em entrevista ao jornal italiano “Corriere della Sera”, o Presidente da Comissão Europeia disse que não se opunha a um imposto sobre as petrolíferas, o que, para Caleia Rodrigues é uma solução que poderia tornar ainda mais vulneráveis as empresas europeias.“Quando se está a penalizar as empresas europeias que só são distribuidoras ainda lhes estão a retirar mais capacidade de manobra. Eu não quero dizer que não possa haver, nalgumas situações, lucros excessivos. Mas, o que tem vindo a acontecer é que cada vez mais se retira poder às empresas europeias que cada vez conseguem menos competir internacionalmente” – explicou o especialista.
Por sua vez, o Presidente da ANAREC, Augusto Cymbron, não concorda com a eventualidade de ser cobrado um imposto às petrolíferas.
Cymbron defende antes o fim da liberalização de preços das gasolinas.Também José Horta, da Associação Portuguesa das Empresas Petroliferas, diz que taxar as companhias não terá efeitos positivos junto do consumidor.
Já a DECO - pela voz de Jorge Morgado - sustenta que a eventual nova taxa seria desfavorável para os consumidores apesar dos benefícios para as contas do Estado.

Rádio Renascença
19-06-2008 13:15