quarta-feira, 27 de outubro de 2010

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"A conjunção de duas situações, como sejam: a) o domínio ajustado entre a Federação Russa e a Arábia Saudita, que produzem 20,5 milhões de barris/dia e consomem apenas 4,6 e b) a excessiva dependência energética dos Estados Unidos que produzem 5 milhões de barris/dia e consomem 20,7 levam-nos a reflectir acerca dos riscos de uma actuação concertada, eventualmente introduzida por russos e sauditas no sector produtivo e no mercado.
Por um lado, a estimativa geralmente aceite, é a de que poderão jazer sob a calote árctica um quarto das reservas de petróleo e de gás natural disponíveis no planeta.
Por outro lado, seis Estados (Canadá, Dinamarca – via Gronelândia, Estados Unidos da América, Islândia, Noruega e Rússia) podem invocar direitos sobre o leito marítimo em causa, e isto, numa conjuntura na qual, nem o enquadramento legal nem a moldura institucional existente, poderão fornecer as respostas definitivas e pacíficas que seria de desejar.
Os dados estão lançados. Encontram-se presentes os quesitos mais que suficientes para a possível ocorrência de uma confrontação económica e diplomática do mais alto gabarito.
Fazemos votos para que os recursos petrolíferos continuem a chegar para todos e que os actores intervenientes se entendam."
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