terça-feira, 25 de novembro de 2008

Comecemos por admitir que a energia assumiu uma posição dominante na extensa agenda política económica, demasiado rapidamente para que permitissem ser encontradas vias de estabilização. Apresenta-se, nas suas várias formas, como símbolo de desenvolvimento económico e, ainda mais, de riqueza e prosperidade. Consequentemente, o acesso e o controlo dos recursos energéticos constituem uma preocupação central dos governantes e de todos aqueles que se encontram envolvidos em processos de produção industrial.

As disponibilidades são abundantes, mas apresentam-se desigualmente distribuídas entre países e povos, mesmo dentro das suas próprias fronteiras políticas, raramente coincidentes com fronteiras naturais.
Os actuais padrões de produção e de distribuição vigentes nos países ditos industrializados, muito provavelmente não poderão continuar a ser mantidos por muito mais tempo e a tendência para a imitação por parte dos outros irá causar irreparáveis danos ecológicos.
A incessante procura de mais recursos energéticos pelos grandes consumidores provocaram profundas alterações que forçaram a economia industrial mundial a depender ainda mais das limitadas fontes de energia.

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J. Caleia Rodrigues
Oeiras, Tagus Park
25.Novembro.2008